segunda-feira, 1 de outubro de 2007

SEM SENTIDO

Fala, moçada!

Hoje estréia o blog mais sem sentido da Internet.

Aproveitem pra ler um dos meus clássicos:



Bufa Mortífera

A tarde nublada encontrou o Super-homem sentado na antena do Empire State. Martirizava-se como nunca pelo dia de descanso que se dera em 11 de setembro de 2001. Enquanto se remoía em culpa, querendo descontar suas frustrações no primeiro otário que surgisse, o homem de aço captou, com a superaudição, duas pessoas discutindo numa calçada a oito quilômetros.

Eram uma idosa com jeito de folgada e um homem barrigudo e velhusco, cujos cabelos ensebados e pretos começavam na nuca sem alcançar o meio da cabeça. Para o Super-homem, o motivo da briga não importava. Nem quem tinha razão. Folgado até o ânus criar calo, o super-herói quis dar uma de gostoso e, em dois segundos, se colocou entre os dois beligerantes. E se achando.
Mal o Super-homem ameaçou dar uma bronca no velhusco, este virou-se, inclinou o corpo adiante e trincou o estômago, produzindo uma bufa com alguns decibéis de potência.

A princípio, Super-homem quis protestar contra a grosseria do cidadão, mas ao aspirar o ar empestado, sentiu-se zonzo, levou a mão à testa, e antes de desabar na calçada, já estava inconsciente.




Acabara de conhecer o homem que peidava kryptonita!!!!

Encolhe a pança, Kal-el!

Horas depois da surra, deitado sobre um 797 em pleno vôo, o super-herói tinha agora dois motivos para seu mau humor: a frustração por não ter impedido o atentado às torres gêmeas e o mico que pagara em público.

Lembrou-se de que sua namorada-mala, Lois Lane, estava de chico e somou mais um motivo para se zangar. Jamais quis tanto partir para a porrada quanto naquele dia! Foi quando sua superaudição captou (apesar do ronco das turbinas do avião) meliantes armados rendendo guardas ao redor de um carro-forte. Oba! Ia descontar sua bronca todinha neles!
Pousou e agarrou pela gola da camisa um dos bandidos, rapaz de cabelos castanho escuros e nariz adunco. Este deu um meio sorriso Bruce Willis, ergueu a perna direita e emitiu um som que lembrava um gemido baixinho e sofrido. E o Super-homem não conseguiu se mexer mais. Tudo girava. Seu queixo encontrou o cimento da calçada com um impacto que tremeu o quarteirão.
Acabara de conhecer o filho do homem que peidava kryptonita!!!!

Ôrra, que merda!

Epílogo (senão cês num agüentam!)

Caminhando pela calçada, cabisbaixo e mãos atrás, o Super-homem chegava à óbvia conclusão de que até ele era passível de dias ruins. Sentia-se o pior dos imortais quando encontrou o amigo Jimmy Olsen empurrando um carrinho de bebê com uma criança linda, deitada de bruços e sob lençóis cor-de-rosa. Era sua sobrinha.

Para melhor observá-la, o Homem de Aço abaixou-se. Enternecido, ouviu o som seco de uma bola de chiclete estourando. Mas como? Bebês não mascam chicletes! Logo um torpor assaltou-lhe os sentidos, seus olhos lacrimejaram, o rosto assumiu as cores azul, verde e vermelha ao mesmo tempo, e levando as mãos à garganta, tombou de costas, batendo a nuca no meio fio. Não acreditava que aquilo estava acontecendo com ele!
Era a neta do homem que peidava kryptonita!!!!!!!!!!!!!

Tão logo recuperou-se, o Super-homem entendeu tudo: por intermédio do amigo, descobriu que a mãe da nenê era esposa do assaltante do banco. Deu um telefonema para a Sala de Justiça e horas depois o bandido e a quadrilha estavam presos.

Sempre que lhe perguntaram como descobriu o paradeiro dos criminosos e por que não foi prendê-los pessoalmente, o super-homem pigarreia, diz que ouviu um pedido de socorro, grita “Para o alto, e avante!” e voa pelos ares velozmente.








Falei que era mancada zoar com o Harry Potter, Batman...